10 obras de escultores hiper-realistas que você precisa conhecer

Sabe aqueles bonecos de cera do museu Madame Tussauds? Então, agora aumenta bastante o número de detalhes e junta com uma pitada de ficção. Isso é o Hiper-realismo! Começou em 1970 com desenhos que mais pareciam fotografias em HD e apenas em 2000 passou a ser reconhecido como um movimento e gênero artístico na Europa e Estados Unidos.

Agora que você já sabe o que é hiper-realismo ficou fácil! Vamos ver algumas esculturas?

1. Duane Hanson (1925-1996)

Assim como tantas outras mentes brilhantes, o norte-americano Duane Hanson infelizmente só teve seu trabalho reconhecido após a morte.  Ele sempre escolheu trabalhadores e classes menos favorecidas para retratar em suas esculturas e a fisionomia apática delas gera um ambiente desconfortável, uma vez que os assuntos tratados são estereótipos e, sobretudo, a indiferença. Usava resina, fibra de vidro e bronze em suas esculturas de tamanho real.

Homeless Person, 1991

Queenie II, 1988

Pessoa ao lado da escultura Man With Hand Cart, 1975

2. Carole Feuerman (1945)

Com esculturas em bronze, resina ou mármore, Carole Feuerman representa corpos femininos em tamanho real e em escala aumentada como se tivessem saído de uma piscina, com direito a gotinhas e tudo.

Christina, 2014 - óleo sobre Bronze Christina, 2014 – óleo sobre bronze

Kendall Island, 2014 -óleo sobre resina

3. John de Andrea (1941)

Também norte-americano como os outros dois, de Andrea tem particular interesse em representar, em tamanho real, o corpo feminino nu em plástico, poliéster, fibra de vidro e cabelo natural. O interessante é que as pessoas das esculturas realmente existem e são próximas a ele, como amigas e modelos.

Nude with Black Drape, 2014 – bronze

Linda, 1983Linda, 1983

4. Evan Penny (1953)

Nascido na África do Sul e naturalizado canadense, Evan usa silicone, pigmentos, cabelo humano e alumínio nas suas esculturas reais ou com distorções, profundidades e escalas alteradas. OBS: Não, você não está vendo nada errado e as imagens também não estão distorcidas… É assim mesmo!

Panagiota, 2007-2008

Murray, 2008

5. Thomas Kuebler (1960)

Com o título de “Escultor do Bizarro”, o norte-americano Kuebler sempre gostou de quadrinhos, histórias e filmes de terror, personagens mitológicos e pessoas com anomalias. O que é mais engraçado em seu trabalho é que as esculturas de tamanho real (!!!) conseguem mesclar a bizarrice com a simpatia. E todas têm a sua própria história para contar, viu?

Dr. Nighty Night

The Guru

6. Jamie Salmon e Jackie Seo

Jamie é britânico e Jackie é coreana, mas ambos trabalham juntos no Avatar Sculpture Works, em Vancouver, no Canadá. Os materiais e tecidos variam de acordo com a história que querem contar e com ideias ao longo do processo criativo.

Chris, 2007, Jamie Salmon – silicone, pigmento, acrílico e cabelo

You, 2010, Jackie Seo – silicone, pigmento, fibra de vidro, tecido, acrílico e cabelo

7. Ron Mueck (1958)

O artista australiano que conquistou o Brasil em 2014 e 2015 com a exposição “À deriva”, na Pinacoteca de São Paulo e depois no Rio de Janeiro, utiliza diversos materiais e técnicas como fibra de vidro, resina, silicone e acrílico a partir de um molde em argila. O que diferencia é a escala, bem menor do que uma pessoa real, já que Mueck declarou que “Nunca parece interessante. Conhecemos pessoas reais todos os dias”.

Boy, 2000

Big Man, 2000

8. Sam Jinks (1973)

O australiano Jinks representa, em suas obras, a vulnerabilidade humana, com os estágios da vida e fraquezas do corpo. Assim como Mueck, Jinks não costuma usar a escala normal, mas sim a reduzida ou aumentada.  Usa silicone, resina, fibra de vidro, carbonato de cálcio e cabelo.

Unsettled Dogs, 2012 – silicone, pigmento, resina, cabelo humano e pelo

Still Life (Pieta), 2007 – silicone, tinta e cabelo humano

9. Noé Serrano (1972)

O artista espanhol é fascinado pela anatomia, seja humana ou animal. Dá para perceber! Cria um mundo de bestiários e seres fantásticos, em que a anatomia se põe a serviço da arte, ironia e crítica. Em seu processo criativo, visita zoológicos e até chega a dissecar animais para colocar o máximo de detalhes em suas obras. É literalmente do banco de modelagem para a mesa de dissecação.

Na esquerda: Manolo, 2006 – fibra poliacrílica, resina e tinta óleo
Na direita: El Funcionario, 2005 – fibra poliacrílica, resina e tinta óleo

El Pastor, 2007 – resina

10. Patricia Piccinini (1965)

Relacionando seres estranhos com humanos sempre com carisma e serenidade, a artista de Serra Leoa naturalizada australiana trouxe algumas de suas esculturas ao Brasil com a exposição ComCiência no Centro Cultural Banco do Brasil, já tendo passagem pelas unidades de São Paulo, agora está em Brasília, até o dia 04 de abril e depois partirá para o Rio de Janeiro, onde ficará de 19 de abril até 27 de junho de 2016. Seu processo criativo começa com um desenho e parte para a plasticina (tipo massinha de criança) e depois para tecnologias como a impressora 3D. Mas claro que isso é variável.

The Listener, 2013 – silicone, fibra de vidro, cabelo humano e caixa de som

The Young Family, 2002 – silicone, poliuretano, couro, cabelo humano e madeira compensada

Game Boy Advanced, 2002 – silicone, poliuretano e cabelo humano

Fonte: 1

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